sexta-feira, 20 de março de 2009

Combate à crise

Combate à crise

O Primeiro-Ministro José Sócrates lançou na passada quarta-feira, durante o debate quinzenal, um pacote de medidas de APOIO ÀS FAMÍLIAS, para que nesta conjuntura de crise internacional, seja intensificado o apoio aos mais desfavorecidos em áreas tão sensíveis com a habitação, a educação e a saúde.

Assim, e no que toca à Habitação, as famílias com desempregados, verão a sua prestação de crédito à habitação reduzida em 50%, isto pelo prazo de dois anos, através da implementação de um sistema de moratórias.
Será ainda implementada a bonificação de juros para os desempregados titulares de empréstimos no regime de crédito bonificado, que se traduzirá no aumento da taxa de referência para o cálculo da bonificação, implicando automaticamente a subida de um escalão na bonificação e consequente redução da prestação mensal.

Ainda na área da habitação é criada a figura do provedor de crédito que terá como principal função a mediação das diversas questões entre instituições de crédito e cidadãos, na busca das soluções que defendam os direitos dos portugueses.

Outra das medidas apresentadas visa o reforço das famílias na área de Acção Social Escolar, passando todas as famílias com desempregados há mais de 3 meses a contar com 100% de apoios quer ao nível do Ensino Básico, quer ao Nível do Ensino Secundário, relativamente a refeições e manuais escolares.

Os idosos são também contemplados neste conjunto de medidas relativamente ao apoio nas despesas de Saúde. Este apoio, dirigido a todos os pensionistas cujas pensões sejam inferiores ao salário mínimo nacional, consiste na duplicação da comparticipação nos medicamentos genéricos de 15 para 30%, passando a comparticipação do Estado nos escalões A e B a ser de 100%. Relativamente ao escalão C, a comparticipação do Estado passa para 67% e no escalão D, que abrange um número reduzido de medicamentos, passará a ser de 45%.

Este pacote de medidas certamente que não agradará a todos, mas tal como aconteceu com a subida do salário mínimo nacional, as vozes radicalmente discordantes não tardaram a fazer-se ouvir.

Carvalho da Silva, em entrevista a Judite de Sousa, classificou algumas das medidas como extremamente limitadas, ignorando a filosofia deste programa de combate à crise…
São opiniões…
Pena é que não obstante a insistência da jornalista relativamente a medidas alternativas, o líder sindical tenha repetidamente ignorado a pergunta.
São posturas…

Ana Gomes da Silva

terça-feira, 17 de março de 2009

Vai um cházinho???



Este blogue tem como objectivo servir de espaço de reflexão e de debate e não é, de forma alguma, avesso a opiniões diferentes das que aqui são expressas.


No entanto, tal como para tudo na vida existem regras e vejo-me obrigada a clarificar o obvio e a perder tempo a enviar um recado para os mais desatentos.

Tendo em conta que os comentários estão sujeitos a moderação, não serão publicados todos os que se considerem ofensivos quer aos post aqui publicados, quer aos seus autores ou ainda às pessoas que os comentem.

Relativamente ao senhor que insiste em quebrar esta regra, aconselho-o vivamente a desenvolver outro tipo de argumentário, pois o recurso repetido ao tipo de linguagem que utiliza, apenas poderá ser espelho da limitação da sua inteligência.
Acredite que não perderei tempo sequer a ler os posts que insiste em enviar.
Não resisto a terminar com uma frase usada por um amigo em situação semelhante:

"Poupe-se a trabalhos estúpidos e dessa forma poupar-me-à a trabalhos inúteis."
Ana Gomes da Silva

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Manipulador....

Segundo notícia publicada no Jornal Público, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, teceu duras críticas a José Sócrates, acusando-o de utilizar argumentos do facismo ao afirmar que os sindicalistas seriam alvos de manipulação por parte do PCP.
Afirma ainda Jerónimo de Sousa que os 200 mil participantes na manisfestação de sexta-feira organizada pela CGTP-IN não são manipuláveis, acusando o primeiro ministro de fechar olhos e ouvidos aos protestos dos portugueses.

Pessoalmente tenho uma opinião diferente...
Atentem nos seguintes excertos de editoriais do AVANTE:

15 de Janeiro de 2009

"Daí a enorme relevância da decisão ontem tomada pelo plenário de sindicatos da CGTP de convocar para o dia 13 de Março, em Lisboa, uma grande jornada nacional de luta. Daí a certeza de que, desde já, os militantes comunistas, em todo o País, tomarão nas suas mãos, a tarefa de dar o seu contributo para que tal jornada se traduza num grande êxito da luta dos trabalhadores – e com a consciência de que tal tarefa integra o objectivo sempre presente de reforço orgânico, interventivo, social e eleitoral do Partido."
5 de Março de 2009

"...nunca é demais insistir na ideia, sublinhada na generalidade das intervenções produzidas no Encontro Nacional, de que a preparação da jornada de luta convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 13 de Março constitui tarefa prioritária para todos os militantes comunistas."
Manipulador??? Quem, eu????

Ana Gomes da Silva

Vale a pena ler...


Jumento no seu melhor. Vale a pena ler...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Telhados de vidro...


Foi hoje divulgado num órgão de comunicação social local, um comunicado da Comissão Concelhia do PCP, que apela para que militantes, trabalhadores e população em geral se mobilizem e participem na jornada de luta organizada pela CGTP-IN, que ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 13 de Março, em Lisboa.

Se analisarmos a composição da actual Comissão Concelhia do PCP, autora deste comunicado, facilmente tiraremos as devidas ilações…

Vejamos então:

Para além do Presidente da Autarquia, fazem parte deste órgão, 1 Vereador, 3 eleitos na Assembleia Municipal, entre eles o Presidente do referido órgão, 2 Presidentes de Junta de Freguesia e 6 eleitos em Juntas de Freguesia.

Este comunicado lembrou-me um episódio ocorrido durante o mandato autárquico do Partido Socialista, no qual a então Comissão Concelhia do PCP, atacou de forma feroz o presidente Emídio Xavier bem como os restantes órgãos autárquicos, acusando-os de falta de transparência na gestão democrática e de confusão entre instituições e partido.

E por falar em falta de transparência, como entre os autores do comunicado se encontram ainda 3 membros do Sindicato das Autarquias do Barreiro e 3 membros da Célula dos Trabalhadores da CMB, poderá ser interessante observar a cobertura que certamente darão aos trabalhadores da Câmara Municipal do Barreiro militantes do PCP, para que confortavelmente se possam deslocar à referida manifestação, enquanto todos os outros permanecem nos seus postos de trabalho…

São assim os telhados de vidro…
Ana Gomes da Silva