quinta-feira, 1 de maio de 2008


Foi assim no dia 1º de Maio de 1974.
O primeiro Dia do Trabalhador festejado em Liberdade.

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa Noite Ana
Só agora tive conhecimento do teu blogue, para o qual te desejo a maiores felicidades, por isso o meu comentário poderá ser um pouco “fora de tempo”.
Começo pelas memórias, não do dia 25 de Abril, que também me deixou uma memória pessoal muito vivida, mas sobre a memória que aqui partilhas do 1º de Maio no Estádio Alfredo da Silva, confesso que até à bem pouco tempo atrás pensava, tal como tu, que se tratava do 1º de Maio de 1974, mas não, é sim o de 1975. Constatei o facto ao ver um conjunto de fotos desse evento que pertencem a um amigo (com data escrita) e quando pensei no assunto de facto em cinco dias não se conseguia preparar o evento que guardamos com tanto carinho.
Outra referencia que aqui fazes é ao Capitão Salgueiro Maia, um jovem de trinta anos de idade que personificou o MFA aos olhos do povo, com a sua coragem e integridade. No entanto Salgueiro Maia nunca viu o seu valor reconhecido pelo Estado Português, parece-me uma deficiência recorrente, nunca reconhecemos os nossos valores, sejam músicos (ex. Carlos Paredes, Zeca Afonso), pintores (ex. Vieira da Silva), actores (ex. Mário Viegas), escritores (ex. Manuel da Fonseca) ou como neste caso militares (Melo Antunes também já morreu), o que dizer do caso exemplar de Aristides Sousa Mendes, o chamado Shindler português que ainda assim só teve uma distinção póstuma em 1987, 23 anos depois do 25 de Abril, somos um país mal agradecido, infelizmente.
No ano anterior à morte de Salgueiro Maia foram feitas varias petições para que lhe fosse atribuída uma pensão extraordinária pelos altos serviços prestados à pátria, não foi ele que a pediu, aliás acho que nunca pediu nada para si, mas em 1991 a família passava por vários “apertos”, fruto da sua doença prolongada.
A pensão foi negada, Salgueiro Maia morreu a 4 de Abril de 1992, era Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva e Presidente da Republica Mário Soares.
Por essa altura dois Inspectores da ex-PIDE recebiam de forma administrativa o que foi negado a este herói e António Rosa Casaco, assassino de Humberto Delgado, dava um entrevista ao Jornal Expresso, em Lisboa, impunemente.
Peço desculpa por esta ocupação de espaço e de blogoesfera, afinal somos raparigas da mesma idade, que andaram na mesma escola (já as nossas mães também), e que viveram sempre à distância de um quarteirão. Acabamos ter coisas em comum.

Um Beijo

Ana Porfírio

Ana Gomes da Silva - Capikua disse...

Olá Clara,

É um prazer ter-te aqui...
Agradeço o teu comentário e o facto de me "reavivares" a memória relativamente ao "tal" 1º de Maio.
Independentemente ao ano, as memórias continuam e são muito boas...

Deixa-me no entanto lembrar-te que o 1º de Maio de 1974 juntou efectivamente, e de forma espontânea, no estádio 1º de Maio, em Lisboa, 500 mil pessoas ultrapassando qualquer limitação em termos de organização.

Concordo contigo quando dizes que somos um país de curta memória e os exemplos que apresentas ilustram esse facto de forma gritante.

Para terminar...
Naturalmente que para além de sermos "moçoilas" para mesma idade, teremos seguramente, para além de outros, um ponto em comum...

O amor pelo Barreiro...

Um beijinho e volta sempre (sem limitação de linhas).

Ana

Anónimo disse...

Obrigado, mas Clara é a minha prima,que também tem o grande ponto comum do amor pela nossa terra, mas é um bocadinho mais nova que nós.

um abraço
Daqui é mesmo a Ana Porfirio

Nota-Quanto ao outro 1º de Maio que falas é daqueles eventos que deve de ter sido arrepiante, daqueles que dá vontade de ser um pouco mais velha só para lá estar.

Ana Gomes da Silva - Capikua disse...

Desculpa Ana, a minha terrível gafe...
Tinha estado a falar com a Clara na véspera e curiosamente sobre fotografia pelo que o comentário, (tirando a parte de sermos da mesma idade), me fez sentido como sendo dela...

Efectivamente, esse sentido é agora maior, inclusivamente a parte de termos andando juntas na escola, não só nós, como as nossas mães.

um beijinho

Ana